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terça-feira, 29 de maio de 2012

Museu Parque Seringal




Foi executado, hoje(29.05), o projeto de visita pedagógica ao Museu Parque Seringal, em Ananindeua , da EEEFM "Maria Gabriela Ramos de Oliveira" do Conjunto Maguari sob a coordenação das  professoras Elizabeth Zuleima Torres, de Ciências e Biologia e Maria de Fátima Santos de Oliveira, de História e Estudos Amazônicos, com 40 alunos da 7ª série do ensino fundamental.








 Para a professora Maria de Fátima Santos de Oliveira: " Os objetivos da visita pedagógica é fazer com que os alunos tenham respeito a vida das seringueiras, conhecer um pouco mais sobre os personagens como os seringueiros e seringalistas, os quais, contribuiram para o desenvolvimento da economia da borracha amazônica. Observar e pesquisar as técnicas da extração do látex, até a criação da borracha".







Para o Diretor da Escola André Pureza:  " a escola trabalha e desenvolve uma proposta diferenciada de atividades e projetos educacionais voltados para o processo de aprendizagem dos alunos numa linha construtivista, contribuindodesse modo, tanto para a diminuição das igualdades educacionais, quanto para a volorização da diversidade cultural no espaço da escola, como além do seu muro".


 




Segundo a professora Elizabeth Torres é fundamental que os alunos conheçam a importância do ciclo da borracha para a economia do país. Conhecer a importância do trabalho de Chico Mendes e da preservação do meio ambiente, pois sendo eles conhecedores desta preservação os mesmos terão mais respeito ao meio ambiente escolar.





Para o aluno Wendel Aleixo " a importância da borracha foi que nos trouxe diversos benefícios, não é fácil tirar e que  o látex passa por vários processos"; enquanto para o aluno David Alexandro " a importância para mim foi que eu aprendi mais sobre o processo da borracha e que foi produtiva, execelente".






Para a coordenadora do Museu Parque Seringal "é uma área de interesse ecológico" que pertence a Secretaria Municipal de Meio Ambiente do município.




segunda-feira, 28 de maio de 2012

Emir Sader: Quem é progressista e quem é de direita



Os dois maiores eixos do poder no mundo de hoje são a hegemonia imperial norte-americana e o modelo neoliberal. A direita se articula em torno da liderança política e militar norte-americana e desenvolve, em nível nacional e internacional, políticas de livre comércio e de mercantilização de todas as sociedades.

Por Emir Sader, em seu blog


Diante desse quadro, progressistas são, em primeiro lugar, os governos, as forças politicas e as instituições que lutam pela construção de um mundo multipolar, que enfraqueça a hegemonia imperial hoje dominante, que logre a resolução dos conflitos de forma política e pacifica, contemplando a todas as partes em conflito, ao invés da imposição da força e da guerra. O que significa fortalecer os processos de integração regional – como os latino-americanos – que priorizam o intercâmbio entre os países da região e os intercâmbios entre o Sul do mundo, em contraposição aos Tratados de Livre de Comércio com os Estados Unidos.




Se diferenciam, na América Latina, com esse critério, os governos de países como a Venezuela, o Brasil, a Argentina, o Uruguai, a Bolivia, o Equador, entre outros, que fortalecem o Mercosul, a Unasul, o Banco do Sul, o Conselho Sul-americano de Defesa, a Alba, a Celac, entre outras iniciativas que privilegiam o intercâmbio regional e se opõem aos Tratados de Livre Comércio com o Estados Unidos. Priorizam também o comércio com os países do Sul do mundo e as organizações que os agrupam, como os Brics, entre outras. São governos que afirmam políticas externas soberanas e não de subordinação aos interesses e orientações dos Estados Unidos.



Do outro lado do campo político se encontram governos como os do México, do Chile, do Panamá, da Costa Rica, da Colômbia, que priorizam esses tratados e favorecem o comércio com a maior potência imperial do mundo e não com os parceiros da região e com os países do Sul do mundo.



Em segundo lugar, progressistas são os governos, forças políticas e instituições que colocam o acento fundamental na expansão dos mercados internos de consumo popular, na extensão e fortalecimento das políticas que garantem os direitos sociais da população, que elevam continuamente o poder aquisitivo dos salários e os empregos formais, ao invés da ênfase nos ajustes fiscais, impostos pelo FMI, pelo Banco Mundial e pela OMC e aceitos pelos governos de direita.



Além disso, as forças progressistas se caracterizam pelo resgate do papel do Estado como indutor do crescimento econômico, deslocando as políticas de Estado mínimo e de centralidade do mercado, e como garantia dos direitos sociais da população.



Por esses três critérios é que a maioria dos governos latino-americanos – entre eles os da Venezuela, do Brasil, da Argentina, do Uruguai, da Bolívia, do Equador – são progressistas e expressam, a nível mundial, o polo progressista, que se opõe às políticas imperialistas e neoliberais das potências centrais do capitalismo internacional.



*Emir Sader é cientista político e professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP). É secretário-executivo do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (Clacso) e coordenador-geral do Laboratório de Políticas Públicas da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj).

domingo, 27 de maio de 2012

Enem - Inscrições para o exame começam nesta segunda


            


Estudantes interessados em participar da edição 2012 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) poderão se inscrever no programa a partir das 10h da próxima segunda-feira, 28, até as 23h59 de 15 de junho, no horário oficial de Brasília. O cronograma do exame, que no ano passado teve 5,4 milhões de inscritos, foi anunciado pelo ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em entrevista coletiva realizada na tarde desta quinta-feira, 24. O edital do exame foi publicado no Diário Oficial da União nesta sexta-feira, 25.



As inscrições para o exame custam R$ 35,00 e devem ser pagas até o dia 20 de junho, por meio de guia de recolhimento da União (GRU) simples, gerado no ato de inscrição. Caso contrário, a inscrição não será confirmada.



São isentos da taxa de inscrição alunos de escolas públicas que estejam concluindo o ensino médio em 2012. Para isso, sua escola deve estar cadastrada no censo escolar da educação básica e ele deve informá-la no ato da inscrição. Também estão isentos de pagamento aqueles que declararem carência socioeconômica (membros de família de baixa renda) ou estiverem em situação de vulnerabilidade socioeconômica. O pedido de isenção do pagamento da taxa somente poderá ser feito por meio do sistema de inscrição.



A nota do Enem pode ser utilizada para o ingresso do participante em universidades públicas, por meio do Sistema de Seleção Unificado (Sisu). Também servirá para que o estudante se beneficie do Programa Universidade para Todos (ProUni), obtenha o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) ou participe do programa Ciência Sem Fronteiras. Além disso, os participantes maiores de 18 anos que ainda não terminaram a escolarização básica podem participar do Enem e pleitear a certificação no ensino médio junto a uma das instituições que aderirem ao processo – secretarias estaduais de educação, os institutos federais e os centros federais. A lista das instituições certificadoras está no edital do Enem 2012.



Para o ministro da Educação, o exame é uma importante peça na política educacional brasileira. "O Enem é peça estruturante do sistema de ensino superior do Brasil, porque na realidade ele é o grande instrumento de avaliação do mérito e desempenho dos alunos", disse. Mercadante destacou que um dos focos do Ministério da Educação é quanto à lisura do exame. A segurança do Enem passou de 1.200 itens para 3.439 itens.



Entre as mudanças para a edição 2012, estão a correção da redação, que passa a ter mais mecanismos de controle, e a nota mínima para certificação de conclusão de ensino médio, que passa de 400 para 450 pontos em cada área do conhecimento. Na redação está mantido o mínimo de 500 pontos.
Em 2011, o Enem envolveu mais de 400 mil pessoas em sua realização e as provas foram aplicadas em 140 mil salas de aula. Este ano a logística de distribuição das provas, que ficará a cargo dos correios, terá 9.728 rotas. O Enem é o segundo maior exame do gênero, atrás apenas do realizado na China.
As provas serão aplicadas nos dias 3 e 4 de novembro, em todas as unidades da federação, a partir das 13 horas, no horário de Brasília. No primeiro dia, sábado, serão realizadas as provas de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias, com duração de quatro horas e meia. No domingo, os estudantes terão cinco horas e meia para fazer as provas de matemática e suas tecnologias; linguagens, códigos e suas tecnologias e redação. O gabarito está previsto para o dia 7. O resultado final do exame estará disponível para os estudantes no dia 28 de dezembro.



Histórico – O Enem está inserido no conjunto de ações que pretendem melhorar o acesso e a permanência do estudante e a qualificação da educação superior brasileira. O exame foi criado em 1998 para avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica.


Em 2008, o Ministério da Educação propôs a utilização do Enem como instrumento para democratizar as oportunidades de acesso às vagas federais de ensino superior, possibilitar a mobilidade acadêmica e induzir a reestruturação dos currículos do ensino médio.



Desde 2009, o Enem tem se fortalecido como uma prova de acesso às instituições de ensino superior, tanto públicas quanto privadas. Além disso, o Enem continua a ser critério de seleção de bolsas de estudo no Programa Universidade para Todos (ProUni) e no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). O Enem ainda promove a certificação de jovens e adultos no ensino médio.


  Fonte:  INEP.ORG.BR  -  Assessoria de Comunicação Social


sábado, 26 de maio de 2012

Asarias Favacho








Vamos participar do aniversário do companheiro.









Igarapés da Amazônia VII

Igarapé em São Paulo - Bujaru

Estive visitando algumas bases no município de Bujaru, entre elas as localidades de São Paulo, onde a comunidade é receptiva e Traquateua, onde a comunidade é bem organizada, politicamente. Eis, algumas das maravilhas das comunidades, que a natureza deixou para seus moradores, que são os igarapés. Que coisa linda !


Igarapé de Traquateua - Bujaru

A Cultura em Greve




Os servidores da Fundação Cultural do Pará Tancredo Neves - Centur, após diversas reuniões com dirigentes da instituição, decidiram em Assembleia Geral por grevar a partir de segunda-feira dia 28/05/2012, tendo como principais reivindicações a redução da carga horária para 30 horas semanais e o reajuste salarial.


Informamos aos usuários que os pricipais serviços que serão comprometidos com a greve são:



1- Funcionamento da Biblioteca Pública Arthur Vianna, principalmente no atendimento aos deficientes visuais da Seção Braille, que é um dos poucos locais do Estado que atendem esta demanda; além do setor de Obras Raras, Obras do Pará e Microfilmagem (Nacionais e Estaduais), entre outros.


2- Cine Líbero Luxardo


3- Centro de eventos Ismael Nery


4- Teatro Margarida Schivasappa


5- Teatro Waldemar Henrique


6- ARRAIAL JUNINO - CONCURSO ESTADUAL DE QUADRILHAS



Principais Contatos: Lucas 8202-8318 e Iva Rothe 9116-8019 / 8289-6690



Fabiana Siqueira

sexta-feira, 25 de maio de 2012

A Marcha das Vadias e a Mercantilização do corpo e vida das mulheres




 
Vadias
Há um ano atrás a Marcha das Vadias foi construída como uma resposta irreverente contra a responsabilização das mulheres pelas violências sofridas e a estigmatização dos corpos femininos. Potencializada pela mobilização nas redes sociais, a Marcha ganhou vários países e, no Brasil, várias cidades. Algumas conseguiram dialogar com a conjuntura local e denunciar práticas de machismo naturalizadas, como por exemplo, a denúncia da prática machista de Rafinha Bastos na televisão e em sua casa de show em São Paulo.



Passado um ano dessa movimentação é preciso refletir tanto sobre as formas como o capitalismo e o patriarcado mercantilizam a vida e o corpo das mulheres, como os instrumentos de resistências aos quais dispomos. Essa segunda tarefa passa por perceber que, muitas vezes, a violência contra as mulheres precisa de uma resposta rápida e incisiva, como se deu com a Marcha das Vadias, mas que seu enfrentamento deve ser um processo cotidiano, que vai além de um evento.



Desde o final dos anos 70, o conjunto do movimento de mulheres, através da insígnia “nosso corpo nos pertence”, buscou questionar as imposições do patriarcado sobre a autonomia das mulheres – questão de fundo da Marcha das Vadias. Essa bandeira tem significado a luta das mulheres pelo direito de viver a sua sexualidade livremente, a luta por autonomia sobre o corpo e a vida, desde o exercício autônomo do desejo e do direito ao prazer, à legalização do aborto.



Retomamos esta luta, aprofundando a compreensão da sua dimensão anti-capitalista, uma vez que denunciamos como a sociedade de mercado impõe padrões de beleza racistas e sexistas e como o mercado difunde uma ideia do corpo das mulheres como objeto - em constante ajuste, retoque, conserto. As indústrias farmacêuticas e cosméticas acumulam lucros estrondosos, à custa da propagação da insegurança das mulheres, gerando, além de tudo, graves doenças como os distúrbios alimentares.



A associação entre capitalismo e patriarcado, que transforma as mulheres em objetos, está no centro da violência sexista. O Brasil possui o sétimo maior índice de homicídios de mulheres do mundo. Essas mulheres são assassinadas, muitas vezes, porque não se calaram diante de situações de violência ou porque exerceram sua autonomia. Conforme aponta pesquisa da Fundação Perseu Abramo (2010), a cada dois minutos 5 mulheres são espancadas no país, a cada minuto 5 mulheres sofrem assédio sexual, e a cada hora 220 mulheres são obrigadas a ter relações sexuais forçadas.



Essa situação de extrema objetificação da mulher está expressa no indignante caso de violência machista e sexista ocorrido no município de Queimadas no estado da Paraíba. Um estupro coletivo de cinco mulheres, sendo duas delas, assassinadas brutalmente por dez homens durante uma festa realizada por eles com o intuito de “presentear” o aniversariante com o estupro dessas mulheres. Este foi um ato de extremo machismo e misoginia pelo nível de crueldade, violência e desprezo pela vida das mulheres, derivados de um clima de terror que gera a perseguição e morte, caracterizados pelo abuso físico e verbal, estupro, tortura, escravidão sexual, espancamentos. Este crime bárbaro precisa ser punido com todo rigor da lei!



Além disso, a prostituição continua sendo vista por muitos como uma forma de viver a sexualidade. Para nós, ela representa a mercantilização, violência e subjulgação as quais as mulheres são submetidas. Sabemos que a indústria do sexo é um setor internacionalmente articulado, que gera lucros enormes e é associado ao tráfico de drogas, armas, corrupção e esquemas de crime organizado e sobrevive da exploração massiva do corpo de mulheres e crianças. Somos solidárias às mulheres que são vítimas dessa forma de exploração da sociedade patriarcal, mas é preciso perceber que a prostituição só existe em um sistema que se articula em torno da subordinação das mulheres e, portanto, não produz nada relacionado à liberdade e autonomia, ao contrário, a mulher se encontra escravizada por uma rede mercantilizada de controle do seu corpo e da sua vida. Essas redes funcionam como organizações criminosas que traficam e escravizam na sua maioria mulheres jovens negras entre 17 e 27 anos.



Essas formas materiais e simbólicas que constituem a opressão das mulheres na conjuntura atual revelam a necessidade de formas de mobilização e instrumentos de resistência que ultrapassem os limites da Marcha das Vadias. Essa resistência tem sido forjada há anos pelo conjunto dos movimentos de mulheres, pela articulação de mulheres nos movimentos mistos e pelas alianças entre movimentos que tem na sua base a luta por outro sistema. Não é possível “resolver” a opressão das mulheres, nos auto-intitulando “todas vadias”. Mas é preciso aprender com as novas formas de articulação, potencializadas pelas tecnologias da informação e comunicação, atualizando nossas formas de ação.



É preciso reafirmar a importância da auto-organização e resistência das mulheres para construção de um mundo baseado na igualdade, na solidariedade e livre de violência. É preciso fortalecer a nossa luta cotidiana contra a mercantilização das mulheres.



Negamos a falsa liberdade, oferecida pelo mercado, que se encerra unicamente na ideia de não ter impedimentos para a ação. Esta idéia está na base da banalização da sexualidade, tornando-a mais um produto a serviço dos lucros. Temos que ir além disso. É preciso construir a liberdade como condição necessária para a igualdade e como condição da autonomia tanto coletiva como individual das mulheres. Somente a partir desta compreensão é que faz sentido seguir em marcha até que TODAS sejamos livres!



Assim, estamos em constante luta para que as mulheres não sejam caracterizadas como vadias por sair dos padrões de comportamento, nem como qualquer outro símbolo que as menospreze e as diminua. Reafirmamos o direito de todas as mulheres viverem livre de estigmas, estereótipos, violência e exploração!!!



DOMINGO 27/05 - 9H - CONCENTRAÇÃO NA ESCADINHA DA ESTAÇÃO DAS DOCAS



Marcha Mundial das Mulheres
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segunda-feira, 21 de maio de 2012

Artigo: Projetos radicalmente distintos

        


 Por Cláudio Puty, publicado em O Liberal (20/05/2012) *     
                                                    

Artigo: Projetos radicalmente distintos
Publicado em O Liberal, 20/05/2012
Cláudio Puty (*)
O modelo neoliberal da oposição demo-tucana foi fragorosamente derrotado nas urnas nas últimas três eleições presidenciais e rejeitado como projeto de governo desde 2003. Mesmo assim, ainda há setores que continuam a entoar o mantra de que a grande virtude dos governos Lula e Dilma foi ter mantido a política econômica de FHC. Ora, as prioridades do país mudaram tão radicalmente nesta última década que só a miopia ideológica ou a má-fé política podem sustentar essa versão fantasiosa.
A ruptura com o receituário ortodoxo começou no governo Lula, quando o Estado deixou de ser “mínimo” e passou a atuar como indutor do crescimento. Adotaram-se políticas como a valorização do salário mínimo, a expansão do crédito, a ampliação dos programas sociais e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Paradoxalmente, a crise internacional que começou em 2008 ofereceu uma janela de oportunidade para o Brasil aprofundar suas políticas anticíclicas.
Uma mudança importante foi o resultado primário das contas públicas. O governo Lula retirou da contabilização do resultado primário a Petrobras e Eletrobrás, fato esse que permitiu a esses grupos a maior flexibilidade e eficiência na gestão das suas respectivas carteiras de projetos de investimentos. Isso favoreceu o investimento em infraestrutura e, consequentemente, o crescimento da economia.
Outro ponto fundamental foi a capitalização do BNDES, realizada pelo Tesouro Nacional a partir de 2009, na forma de aportes em títulos públicos. Ela equacionou as necessidades de fundings(constituição e alongamento do passivo do banco) necessários à expansão da oferta de crédito pelo banco e, consequentemente, à expansão dos investimentos de longo prazo na economia brasileira.
Sob a presidenta Dilma Rousseff, a opção desenvolvimentista se aprofundou. Estabeleceu-se um mecanismo de controle de capitais com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações financeiras de estrangeiros e extinguiu-se a cobertura cambial para exportadores. Depois, com o Plano Brasil Maior, o governo criou as bases de uma política industrial com vistas a reverter a queda da participação da indústria nacional no PIB e nas exportações. É bom lembrar que o ex-ministro Pedro Malan, “czar” da economia dos anos FHC, chegou a dizer que “a melhor política industrial é não ter política industrial”.
Quando o crescimento do consumo provocado pelas medidas de estímulo levou a um repique da inflação, no ano passado, o “mercado” tinha certeza que o governo voltaria a adotar o remédio clássico de aumento de juros, abandonando suas veleidades desenvolvimentistas. Mas Dilma surpreendeu e adotou as chamadas medidas “macroprudenciais”, que objetivavam moderar a expansão do crédito. Com isso, sem aumentar os juros, o governo conseguiu manter a inflação dentro da meta (6,5%) em 2011.
Em relação à política monetária, o Banco Central vem baixando os juros básicos – a taxa Selic – de maneira sustentável. Desde julho de 2011, ela caiu de 12,50% para 9%. Reforçando essa política, os bancos oficiais – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – baixaram suas taxas de juros ao consumidor. Com isso, os bancos privados foram obrigados a reduzir o spread – a diferença entre os juros pagos por eles ao captarem recursos e o custo dos empréstimos feitos aos clientes – tanto para pessoas físicas quanto para empresas. Alguém imagina o governo FHC neste papel?
Depois disso, o governo deu mais um passo e mudou as regras da caderneta de poupança sem prejudicar poupadores e empresários. Além de manter boas perspectivas de lucros para o futuro, essa mudança estabeleceu as condições necessárias para que a taxa básica de juros possa continuar caindo, sem provocar grandes alterações na economia brasileira.
Outro exemplo de reorientação radical das políticas incensadas pelo Consenso de Washington foi a opção do Brasil de priorizar a opção sul-sul, que teve início nas discussões sobre subsídios agrícolas na Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio e consolidou-se com a formação do Grupo dos 20 e dos Brics. Uma das consequências dessa diplomacia emergente foi o acordo do MERCOSUL que possibilitou as negociações para o uso da moeda local em transações comerciais bilaterais.
Por tudo isso, pode-se dizer que a diferença entre FHC e Lula/Dilma é a mesma existente entre um liberal e um socialista: o primeiro quer o “Estado mínimo”; o outro quer torná-lo agente do crescimento e da justiça social.
(*) Deputado federal (PT-PA)
O modelo neoliberal da oposição demo-tucana foi fragorosamente derrotado nas urnas nas últimas três eleições presidenciais e rejeitado como projeto de governo desde 2003. Mesmo assim, ainda há setores que continuam a entoar o mantra de que a grande virtude dos governos Lula e Dilma foi ter mantido a política econômica de FHC. Ora, as prioridades do país mudaram tão radicalmente nesta última década que só a miopia ideológica ou a má-fé política podem sustentar essa versão fantasiosa.



A ruptura com o receituário ortodoxo começou no governo Lula, quando o Estado deixou de ser “mínimo” e passou a atuar como indutor do crescimento. Adotaram-se políticas como a valorização do salário mínimo, a expansão do crédito, a ampliação dos programas sociais e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Paradoxalmente, a crise internacional que começou em 2008 ofereceu uma janela de oportunidade para o Brasil aprofundar suas políticas anticíclicas.



Uma mudança importante foi o resultado primário das contas públicas. O governo Lula retirou da contabilização do resultado primário a Petrobras e Eletrobrás, fato esse que permitiu a esses grupos a maior flexibilidade e eficiência na gestão das suas respectivas carteiras de projetos de investimentos. Isso favoreceu o investimento em infraestrutura e, consequentemente, o crescimento da economia.



Outro ponto fundamental foi a capitalização do BNDES, realizada pelo Tesouro Nacional a partir de 2009, na forma de aportes em títulos públicos. Ela equacionou as necessidades de fundings(constituição e alongamento do passivo do banco) necessários à expansão da oferta de crédito pelo banco e, consequentemente, à expansão dos investimentos de longo prazo na economia brasileira.



Sob a presidenta Dilma Rousseff, a opção desenvolvimentista se aprofundou. Estabeleceu-se um mecanismo de controle de capitais com o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações financeiras de estrangeiros e extinguiu-se a cobertura cambial para exportadores. Depois, com o Plano Brasil Maior, o governo criou as bases de uma política industrial com vistas a reverter a queda da participação da indústria nacional no PIB e nas exportações. É bom lembrar que o ex-ministro Pedro Malan, “czar” da economia dos anos FHC, chegou a dizer que “a melhor política industrial é não ter política industrial”.



Quando o crescimento do consumo provocado pelas medidas de estímulo levou a um repique da inflação, no ano passado, o “mercado” tinha certeza que o governo voltaria a adotar o remédio clássico de aumento de juros, abandonando suas veleidades desenvolvimentistas. Mas Dilma surpreendeu e adotou as chamadas medidas “macroprudenciais”, que objetivavam moderar a expansão do crédito. Com isso, sem aumentar os juros, o governo conseguiu manter a inflação dentro da meta (6,5%) em 2011.



Em relação à política monetária, o Banco Central vem baixando os juros básicos – a taxa Selic – de maneira sustentável. Desde julho de 2011, ela caiu de 12,50% para 9%. Reforçando essa política, os bancos oficiais – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – baixaram suas taxas de juros ao consumidor. Com isso, os bancos privados foram obrigados a reduzir o spread – a diferença entre os juros pagos por eles ao captarem recursos e o custo dos empréstimos feitos aos clientes – tanto para pessoas físicas quanto para empresas. Alguém imagina o governo FHC neste papel?



Depois disso, o governo deu mais um passo e mudou as regras da caderneta de poupança sem prejudicar poupadores e empresários. Além de manter boas perspectivas de lucros para o futuro, essa mudança estabeleceu as condições necessárias para que a taxa básica de juros possa continuar caindo, sem provocar grandes alterações na economia brasileira.



Outro exemplo de reorientação radical das políticas incensadas pelo Consenso de Washington foi a opção do Brasil de priorizar a opção sul-sul, que teve início nas discussões sobre subsídios agrícolas na Rodada Doha da Organização Mundial de Comércio e consolidou-se com a formação do Grupo dos 20 e dos Brics. Uma das consequências dessa diplomacia emergente foi o acordo do MERCOSUL que possibilitou as negociações para o uso da moeda local em transações comerciais bilaterais.



Por tudo isso, pode-se dizer que a diferença entre FHC e Lula/Dilma é a mesma existente entre um liberal e um socialista: o primeiro quer o “Estado mínimo”; o outro quer torná-lo agente do crescimento e da justiça social.



* Cláudio Puty é deputado federal (PT-PA) e membro da Coordenação Nacional da DS.

Augusto Montenegro I





Recentemente com a estreia do novo shopping, que vem trazendo várias pessoas de vários lugares para matar a curiosidade do "grande queridinho ", segundo alguns leitores desta página eletrônica.



Entre eles, estão os alunos da  EEEFM “Raimundo Martins Vianna” que fica quase em frente ao "queridinho" da nova Belém, que sofrem como consequências do novo empreendimento; pois tiraram as faixas  dos pedestres e logo os alunos perceberam o quanto é difícil  para atravessar e arriscando suas vidas pois muitos motoristas não param e quando param é em outros locais mostrando não ter educação com os alunos que querem apenas atravessar a rua e estudar como mostra nos jornais, revistas e na TV; logo, houve uma falta de respeito em relação a educação e  a escola. 


E a comunidade escolar já começa a se mobilizar pedindo a travessia em frente a escola. Haverá muitas manifestações, inclusive com a interdição da rodovia. Muito boa a decisão do Conselho Escolar. Parabéns pela iniciativa, pois será um ato de cidadania.  

domingo, 20 de maio de 2012

VETA TUDO DILMA: EM DEFESA DO CÓDIGO FLORESTAL



                                                                   Por Luiz Zarref



                                                      Dirigente da Via Campesina Brasil




O projeto que altera o Código Florestal brasileiro, votado nesta semana na Câmara dos Deputados, representa a pauta máxima ruralista. A bancada apoiadora do agronegócio e defensora daqueles que cometeram crimes ambientais mostrou sua coesão e conseguiu aprovar um texto de forma entrelaçada, comprometendo todo o projeto.

O texto está de tal forma que se a presidenta Dilma Rousseff vetar partes dele, continua a mesma coisa. Exemplo: se vetar a distância mínima de floresta recuperada na beira de rios que ficou em 15 metros – atualmente é de 30m - o texto ainda fica sem nenhuma menção de recuperação nestas áreas. O turismo predatório em mangues também fica permitido, segundo o projeto.


Os ruralistas também aproveitaram para dificultar o processo de Reforma Agrária, com a restrição de dados governamentais para a população e até mesmo com a tentativa de anular as áreas improdutivas por desrespeito ao meio ambiente, tal como manda a constituição.


O pousio, ou seja, o descanso que se dá a terra cultivada, ficou sem qualquer restrição de tempo e de técnica. Isso acaba com o conceito de área improdutiva. O texto viabiliza as áreas que estavam paradas desde a década de 1990 com regeneração de florestas. São 40 milhões de hectares nesta situação.



Além disso, os ruralistas fragilizaram o Cadastro Ambiental Rural, de forma que a população não tenha acesso aos dados, escondendo todos aqueles que cometem crimes ambientais e ferindo o princípio da transparência governamental para a sociedade.


A presidenta Dilma tem até a semana que vem para anunciar seus vetos, mas movimentos sociais e organizações ambientalistas já estão mobilizados para que a presidente derrube integralmente o projeto que saiu do Congresso Nacional.


A presidenta tem nas mãos ainda vasto apoio de parlamentares, organizações camponesas, sindicatos, sociedades científicas, entidades da igreja pelo veto global.


O papel dos setores progressistas é fazer pressão, enfrentar ideologicamente os ruralistas e criar um clima para que a presidenta Dilma faça o veto completo desse projeto. O meio ambiente e a Reforma Agrária estão seriamente comprometidos com esse texto que sai do Congresso Nacional.

sábado, 19 de maio de 2012

Dia da luta Antimanicomial



Amanhã, 20 de maio, na escadinha da Pres. Vargas (Belém PA), arrastão do Boi Tam Tam, em comemoração ao Dia Nacional da Luta Antimanicomial (18 de maio). A saída será às 8:30h até a Praça da República.



O MLA (Movimento da Luta Antimanicomial) convida os movimentos sociais e todos os cidadãos a participarem deste ato contra toda a forma de discriminação, preconceito, segregação e violação de direitos.

Dilma assume compromissos históricos para o povo brasileiro




A presidenta Dilma Rousseff instalou, nesta quarta-feira, 16/5, a Comissão da Verdade, criada pela Lei 12.528, de 18 de novembro de 2011. O colegiado, composto por governo e sociedade civil, terá prazo de dois anos para investigar as violações aos direitos humanos ocorridas durante a Ditadura Militar.
"Não nos move o revanchismo, o ódio ou o desejo de reescrever a história de uma forma diferente do que aconteceu, mas nos move a necessidade imperiosa de conhecê-la em sua plenitude, sem ocultamentos, sem camuflagens, sem vetos e sem proibições”, disse a presidenta.
Compromisso com o futuro – na segunda-feira, 14/5, Dilma lançou o programa Brasil Carinhoso que vai assegurar que toda a família brasileira que tenha pelo menos uma criança de zero a seis anos receba uma renda mensal per capta de no mínimo R$ 70.
Para Dilma, o Brasil não será um país forte se não tiver um compromisso com a melhoria das condições de vida da sua população, com garantia de oportunidades iguais para todos: “Quando a gente garante a renda mínima a cada membro de uma família em condição de extrema pobreza, nós estamos reconhecendo que somente é possível retirar uma criancinha da miséria se retirarmos junto com ela toda sua família, sem isso, é impossível”.
Fonte: Dilma.com.br

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Augusto Montenegro





Construção da Rodovia na década de 60




A Rodovia Augusto Montenegro sempre serviu como via com destino para Icoaraci. A partir da década de 80, com as construções de diversos conjuntos habitacionais, o fluxo do trânsito se intensificou.  A via que foi uma  área de "invasão", depois "ocupação" e no momento é uma área de "expansão"  continua em péssimas condições, principalmente asfáltica, sem falar feia no geral.

Interessante, com a ampliação de grandes  empresas e capital na Augusto Montenegro e que tem interesses, o poder municipal poderia ver a possibilidade desses comerciantes contribuirem com a melhoria da via; pois os empresários utilizam diariamente a rodovia. Já que é só remendo. Durante o governo de Antônio Lemos, mesmo sendo de pouca formação escolar, ele possuia uma visão política ampla, onde chamava as empresas que exploravam a região para serem formalizadas um sistema de parceria entre o governo e as empresas. Isso possibilitou Belém urbanizar. Então, acredito que o Prefeito que  tem curso superior, poderá ter essa visão.



                                                                     Rodovia atualmente

terça-feira, 15 de maio de 2012

São Raimundo (Bujaru): História e Memória







Uma das atividades desenvolvidas pelos alunos do SOME, no IV Módulo do ano passado, na localidade de São Raimundo, no Município de Bujaru, com a coordenação do Professor de Sociologia Valdivino Cunha e este colega. A produção é exclusiva dos estudantes da 8ª série e do 2º ano do ensino médio. O  que  fizemos foi apenas a sistematização.


Alunos – Autores:

Alessandra Silva Castro

Alessandro Coelho
Álicy Lima Queiroz

Aline Serra

Anderson Lima

Ana Maria dos Reis

Ana Paula Silva

Beatriz da Silva e Silva

Bianca da Silva e Silva

Carla Pena

Celson Renan

Charlene Silva

Edivaldo dos Reis

Letícia Menezes

Maria de Jesus

Natagi Conceição Gomes

Natalia Conceição Gomes

Pamela da Silva Sampaio

Janderson Lima

Jean Souza Cabral

Jeferson Silva

Jéssica Furtado

Jéssica Silva

Joana Henrique

Joniel Barros

Josielma Sales Passos

Kellen Taiara G. Marques

Kelvin Castro

Lenilton dos Santos

Luana Daiane

Lucas Silva

Natacha Gomes

Regiane Franco Menezes

Romulo Lima

Rosilea Araújo de Souza

Simone Furtado

Valnês Gonçalves Freitas



AP R E S E N T A Ç Ã O
Sendo um dos pontos fundamentais do papel do educador, a troca de experiências, é que nasceu a proposta de levantamento, mesmo que seja primária, de fazer o resgate da trajetória vivenciada pela comunidade, seja escolar, seja a qual está inserida.

Sabendo que mesmo vivenciando o desenvolvimento tecnológico e científico, tornam-se um desafio para o ser humano. Com esse projeto foi possível, revitalizar e resgatar acontecimentos e fatos históricos que contrapõem à lógica da idéia de globalização, tão debatido, hoje. Cenários que foram construídos por agentes e pessoas que fazem a história. Isso é importante  registrarmos, para as futuras gerações.   


Resgatar a história e a memória, através do recurso metodológico da História Oral, é uma ação coletiva, concepção que busca transformar a escola, do ponto de vista que contrapõe a bancária e  conteúdista.

Com esse projeto, a história continua viva, através da memória de vários atores sociais, que pode ser construída através das lembranças, através das falas que são expressas entre o passado e o presente. 
                        
                                                                                               Coordenadores



Localidade de São Raimundo                          


A comunidade de São Raimundo foi fundada aproximadamente entre os anos 1940 a 1945, como um pequeno vilarejo formado de cinco famílias vindo de outros municípios em busca de novas terras. Outros dados pesquisados indicam que a comunidade foi fundada pela família Peninche, neste mesmo período. Para seu Oscar Bandeira, de 80 anos, morador da localidade há 50 anos, diz: “São Raimundo recebeu esse nome em homenagem ao seu santo padroeiro. Em certo dia, seu João Peninche se apegou ao São Raimundo, dizendo se seu filho nascesse e se criasse ele ia por o nome de Raimundo ou Raimunda, e onde ele morasse e por muitos anos ia por o nome de São Raimundo”. E continua: “Então o filho nasceu e se criou e recebeu o nome de Raimundo e, pois o nome da localidade de São Raimundo”. A comunidade possui 500m² e foi fundada em 1940.  A primeira escola foi construída entre 1951-1952 e a primeira professora foi a D. Kota. São Raimundo abriga no mínimo 60 famílias.

No ano de 1972 foram iniciados os trabalhos de evangelização, pois até então era irmandade. O primeiro padre que celebrou a missa foi João Baramel, sendo os animadores Francisco Ferreira, Zinho e outros.

Na época tinha a produção de malva, mandioca e comércio. Essas produções eram levadas a cavalo (comboio) até as margens do rio Guamá, até chegar de barco em Belém,

Em homenagem ao nome do santo, as festividades ocorrem todos os anos no mês de agosto.

Localidade de Vila Nova

Uma das localidades vinculada a  Vila de São Raimundo. “Para a Senhora Flaviana Cabral da Paixão, de 84 anos:” Boa Vila Nova, foi o nome escolhido pelo Presidente do time da Vila Nova, antes o nome da área toda era Colônia, todo mundo conhecia como Colônia. Um dia resolveram mudar para Palmeirinha, e ficou Palmeirinha, mas resolveu fazer o campo de futebol, toda a região ia treinar no campo. Um dia  dos homens, um dia para as mulheres. Certo dia aconteceu um desentendimento e tinha uma ponte que dividia um lado do outro. Um lado que tinha o campo e um lado que não tinha, então o lado que não tinha campo resolveu fazer um campo de futebol e fizeram, porém resolveram mudar para o nome de Palmeirinha da Vila Nova”. E continua: “Quem descobriu o lugar foi o Senhor Joaquim Tranco e o primeiro morador foi o Senhor Nilo Pinheiro Cabral, sendo no roçado desmatado contendo milho, açaí, arroz, banana, mandioca e castanheira, que estão até hoje”. E conclui: “No momento, temos a produção de mandioca, arroz, milho, açaí, melância e outras atividades. Temos 24 casas, onde moram 72 pessoas”.

Localidade do Gaurany
Outra localidade, onde moram os alunos do SOME, e que os primeiros moradores dessa localidade foi o Senhor Manoel Amorim e Dona Inês, José Sabino, Maria do Carmo, João Luis, Antônio Luis, Joaquim Luis, Pedro Rosário, Pedro Oliveira, Antônio Rosário, Antônio Pascoal, Carlito Pascoal, João Barbosa, Nilo Elizário, Expedito Batista e Gerônimo. Quando chegaram aqui nesse lugar ainda era só matas e tinha muitas madeiras de lei, muitas casas, até onças existia. Trabalhavam na roça, na colheita de muitos gêneros alimentícios, como feijão, arroz... e que transportavam a cavalo até a beira do rio que fica na localidade de Curuçambaba e depois pegavam o barco e se deslocavam para as cidades.

Os homens se vestiam de calça comprida, camisa de manga comprida, chapéu de massa na cabeça, usavam faca na cintura e usavam tamanco; pois esse era unissex; enquanto as mulheres vestiam só vestido ou saias compridas, blusas de mangas e tamanco.

Pois deram o nome de travessa Santa Maria, a essa localidade, ou diziam assim: - você mora na Colônia ou vai pra Colônia, ou vou para a Colônia,  pois chamavam de Colônia.

O Senhor Nelson Furtado foi fundador da comunidade católica São Sebastião que foi fundada no dia 20 de janeiro de 1971. Pelo fato do Senhor Nelson ser devot de São Sebastião, deu o nome para a comunidade e até hoje continua o mesmo nome acrescentando a palavra Sítio pelo fato de ter outra comunidade com o mesmo nome.

Segundo alguns moradores, essa localidade não tem nome específico: na área esportiva, o nome é Guarany; na saúde é Aralém; na educação é Santa Maria e na religião é Sítio de São Sebastião.



Localidade de Guajará – Mirim

Localidade que precisa de suporte educacional de São Raimundo. A primeira comunidade foi criada por Felipe Barbosa, logo depois surgiu outra onde a denominação era Cristo Reis. Segundo a Senhora Cléia de Lima Silva: “Na localidade de Guajará-mirim, antigamente a principal fonte de energia era a lamparina, não tinha televisão em cores e algumas casas que possuíam a televisão era em preto e branco; assim como também casas que quase não existia, tínhamos poucos moradores, depois começou a se desenvolver chegando à vila que estamos. Tínhamos que andar a pé quilômetros para chegar na escola e tínhamos que levar a própria merenda para comer, mas hoje tem ônibus na porta de casa, tem merenda na escola, a sociedade avançou muito mais do que nosso tempo”. 

Localidade do Alto Igarapézinho

Nesta localidade, o SOME possui quase 50 alunos. Em 1950 foi fundada a localidade do Alto Igarapézinho pelos primeiros habitantes que foram Maria Trindade, Maria José, Benedito dos Santos e Joaquim. Antigamente não existia ramal, nem carro, a forma de transportes era o uso de cavalos e carroças para transportar pessoas e cargas. A casa era de barro, palha em casa de capim com saco de sarrapilha. Não tinha energia própria, inclusive morreu muita gente, principalmente as mulheres na hora de dar criança, por não ter socorro em hospital. Naqueles tempos os homens e mulheres não tinha orientação para prevenir a gravidez e doenças, as adolescentes ficavam gestantes novas e quando os pais sabiam, geralmente expulsavam as meninas de casa. Para ir para Belém, saia 6:00 h. da manhã para ir para o trapiche esperar o barco, passavam duas noites fora de suas casas e quando voltavam tinham que pegar um trator, mas quando atolava tinha que andar o bastante para chegar em casa, a vida não era fácil, para a população dessa localidade.



Localidade de Sumaúma

Outra localidade, onde temos alunos do SOME. Para o morador da localidade, o Senhor Osvaldino, o nome esta relacionado com a área de muitas sumaumeiras. Antes se chamava Sumaúma Pará, onde vivia uma família que se chamava Lira Lima. Eles mantiam os negros como escravos, onde era maltratada por essa dita família, considerada poderosa economicamente e politicamente na região. E continua: “os meus vizinhos falam que eles chegaram por aqui, há bastante tempo. Eles dizem, também, que em cima de uma sumaumeira tinha uma argola com uma corrente que serviam como pelourinho para em forcar os escravos”.

A primeira plantação antes de virar fazenda era de açaí, cacau, pupunha jaca, caju, cupuaçu, tucumã, ameixa, castanha-do-pará, laranja, coco, lima, manga, banana, abacaxi, bacaba, tapereba, bacuri e graviola.  

Interessante, é que em Sumaúma Pará tinha um cemitério só para crianças, até o momento, não se tem uma justificativa para tal empreendimento, inclusive alguns anos atrás foram encontradas algumas cata tumbas nesse cemitério. Agora, esse local é só fazenda. Não se sabe o ano da fundação.

Localidade de Palmeirinha
Comunidade que possui número significativo do SOME que estudam na Vila de São Raimundo. A localidade de Palmeirinha foi fundada há 150 anos por um casal: Nilo Lima Queiroz de 25 e Joana Lima Queiroz de 20 anos. Trabalhavam com o cultivo de mandioca. Trabalharam e construíram a primeira casa da localidade; assim como o primeiro sítio para fazer farinha de mandioca; além de criar galinhas e porcos para se alimentar e para vender. Possuía o cultivo de frutas, como biriba, cupuaçu, coco, laranja que eram vendidos para comprar os alimentos básicos da família. Tiveram uma filha que se chamou  Flaviana Lima Queiroz. O pai morreu com 80 anos e a mãe de Flaviana com 91 anos. A filha  continuou os passos do casal  e casou com o Senhor Pitéco, que tiveram seis filhos: Antônia, Alírio, Alexandre, Alcide, Arlete, Vadinho que viveram com a mãe até arrumar família. Seus filhos residem na cidade. Hoje, D. Flaviana possui netos, bisnetos e sobrinhos. A sua irmã, também reside em Palmeirinha; além da irmã de D. Joana, que é a Dona Raimunda, que vivi com os filhos: Dorinha, Jovelino, Socorro, Valquíria  e Nilo. Dorinha tem cinco filhos: Wanessa, Waneza, Wirik, Walessa. Jovelino tem tem três filhos: Jean, Geovane e Geovana. Socorro tem três filhos: Raise, Romulo e Rámile. Walquíria tem três filhos: Weliton, Wellesom, João Carlos. Nilo tem três filhos: Wesllem, Wemeson e Wendel.

Localidade de Jacaréquara

A localidade de Jacaréquara surgiu a partir da chegada de uma família que fizeram o primeiro roçado, criaram a primeira Associação e decidira fazer um campo, que deram o nome de Vila Nova. Com o passar do tempo, os sócios resolveram trocar de nome, dando o nome de Corinthians, o que permanece até hoje. Sua data de fundação foi em 01 de março de 1881, tendo como primeiro presidente o Senhor Pedro de Oliveira Cruz, depois foi o Senhor Guilherme, Dezinho e Ocinei. Atualmente, o presidente é o Senhor José Orlean. A localidade do Corinthians fica localizada no KM 24 da Alça-Viária, no ramal do São Raimundo, próximo da comunidade de Santo Antônio.

Localidade de Genipaúba

Deram essa denominação para a localidade em virtude de possuir um dos maiores igarapés na comunidade. Em 1945, a comunidade foi fundada por duas famílias: uma que veio de Ourém, que era a família de Manuel Francisco Xavier; e a família que veio de Bragança que era a de José Vieire. Depois veio a família Gomes do Igarapé de Tapiucabá, baixo Acará. Em 1975 foi criada a comunidade com 25 famílias e o nome da primeira comunidade era Nossa Senhora do Perpetuo Socorro. A primeira missa foi rezada dentro do campo. A comunidade trabalhava de forma coletiva, em grupo e união. As mulheres na agricultura, chegaram a criar uma cantina com 25 obras sociais. Não tinha colégio próprio, estudavam nas casas das pessoas, que emprestavam para servir como sala de aula. Plantava mandioca, milho, arroz, feijão, cana de açúcar e macaxeira. Produziam para seus próprios sustentos, porém criavam galinhas, porcos e outros tipos de animais. O hino que a comunidade mais cantava era: “Meu irmão pagou imposto/ Para vida melhorar, mas não tem Doutor nem postos porque pobre é o seu lugar”.


Comunidade Menino Jesus

O primeiro morador da comunidade Menino Jesus foi o Senhor Duda, possui, hoje, 103 anos. A comunidade foi fundada em 25 de dezembro de 2010, sendo o fundador o Senhor Sebastião Menezes, que faleceu em 24 de abril. Já fez parte, desta comunidade a comunidade de Santo Amaro, mas como ficava afastado resolveram criar uma nova comunidade, onde reuniram todos os moradores da comunidade, eles fizeram a votação para decidir como se chamaria a comunidade e deram vários nomes como opções e nome escolhido foi Menino Jesus.

Localidade de Santa Ana

Na comunidade de Santa Ana existem várias entidades e associações que contribuem para o desenvolvimento e expansão dos moradores, como a cooperativa de transporte de ônibus, tanto para Belém, como para Bujaru, outro exemplo é o time de futebol “São Jorge”; além do sindicato, que tem trazido benefícios; assim como a associação “Amigos da Escola”, que é uma associação que ajuda duas escolas Santo Antônio e Bom Futuro. Essa associação todo mês de dezembro tem contribuído com cestas básicas e presentes para os pais dos alunos; assim para outros pais que não tem filhos matriculados nessas escolas; além de trazer roupas e mercadorias para pechinchas. Este ano fez dez anos que tem contribuído com as escolas. A associação foi fundada em 04 de dezembro em 2001 por membros da comunidade.

Localidade do Alto Igarapézinho

Em 1963 alguns padres incentivaram Fernando dos Santos, José Furtado e Raimundo Gaia a fundar a comunidade onde morava, então fundaram a comunidade Alta Igarapézinho. Foi dado este nome pelo motivo que um igarapé passava na comunidade. Ao passar dos anos várias famílias vieram morar na localidade. Quando fundaram a comunidade criaram um Centro Comunitário para os benefícios dos moradores. Seu Joaquim Ramos morava com sua família na localidade. Ele e sua família foram os primeiros moradores da comunidade. Quando morreu deixou na comunidade sua filha de 18 anos como professora que funcionava as aulas no Centro Comunitário, Maria Jandira Ramos deu aulas por vários anos, depois veio outra professora que se chamava Fernanda dos Santos.


Economia da Vila de São Raimundo 
                                                      

A economia da vila de São Raimundo é baseada na produção agrícola da mandioca. A população tem a mandioca como sua principal fonte de renda, sendo uma batata branca e amarela que tem casca marrom, ela tem várias utilidades: a casca serve para adubos e para alimentar alguns animais, como o porco, galinhas, cavalos entre outros.


A mandioca serve para fazer farinha, tira-se o tucupi e para tirar a goma.
O caule dela serve para fazer outras mudas para plantar.


A folha dela serve para fazer a famosa maniçoba que é um alimento muito conhecido na nossa região.

Como fazer a farinha: As pessoas da região fazem nas casas de farinha, que é conhecido como Retiro. É onde ocorre todo o processo da farinha.
A mandioca é arrancada na roça e transportada através do cavalo.                            

No igarapé é colocada à mandioca é colocada de molho, após cinco dias ela é retirada da água e levada para o retiro.

Existe uma caixa onde se coloca a mandioca após ser retirada da água e ser conservada com outra mandioca dura, para misturar,  para a farinha sair boa e render mais farinha. Põem-se a massa, depois de prensada   para coar na peneira. Neste  mesmo local põem-se a farinha depois de torrada e para esfriar, depois quando estiver fria ela e empacotada no saco de 30 Kg para ser levada para Belém para ser vendida nas feiras livres.

Educação

Outro aspecto que ressaltamos é que a escola “São Raimundo” foi fundada no ano de 1982 com a construção da primeira sala de aula, na verdade não foi bem assim a fundação porque a escola já funcionava nos centros comunitários e em outras casas dos moradores. As séries não elevadas, só havia de 1ª a4ª séries, ou seja, as pessoas estudavam depois que terminavam quem tinha condições de ir para Belém terminar de estudar iam quem não tinha ficaram por aqui mesmo. Os primeiros professores a ensinar aqui mesmo foram: Conceição Veras, Nazaré Gaia e Maria de Lourdes.

De acordo com Rosangela da Silva: “a educação mudou, hoje nós temos a escolaridade do fundamental ao médio, nós temos transportes escolar, só que se formos parar pra fazer uma comparação entre hoje e antigamente notamos diferenças principalmente quando se trata de relação família e escola, o país dos alunos não se interessa mais, em ver que os filhos deles precisam realmente de um bom aprendizado”. E continua: “De 1982 até 2000 as famílias serviam de referências aos alunos, a educação não era tão influenciada. Sabemos que a educação pública não é a melhor, mas não é a pior precisa melhorar, como por exemplo aqui na escola ‘São Raimundo’, precisamos de uma biblioteca, precisamos de um espaço de lazer melhor, precisamos também de mais responsabilidades dos novos governantes para com os alunos”. E prossegue: “Quanto ao transporte escolar, hoje, nós temos três ônibus que funcionam como escolar para trazer os alunos das outras comunidades, como antigamente não havia transporte quem não morava perto tinha que vir andando”. Quanto ao ensino ela retrata: “A nossa escola, hoje trabalha com o Sistema de Organização Modular de Ensino – SOME que é um sistema que agrega uma ou mais disciplina que se estuda durante 50 dias, antes a mesma matéria era estudada o ano todo, hoje não”. Para a professora, quanto a sala de aula: “as nossas não é muito confortáveis, falta espaço, principalmente com a chegada de alunos novos, as salas ficam superlotadas e isso prejudica o nosso aprendizado”. E conclui: “A Escola ‘São Raimundo’ atende vários alunos de outras localidades, por isso precisamos de recursos para a construção de novas salas e a reforma das outras, para melhor atender os nossos alunos”.

Neste ano (2011) a escola tinha no ensino fundamental menor, ou seja, de 1ª a 4ª série, 114 alunos; na Educação de Jovens e Adultos – EJA 42 alunos; no ensino fundamental maior 218 alunos e no ensino médio 192 alunos.  


Biografias



Maria de Lourdes Barbosa Sousa, 66 anos, paraense, nasceu em Curuçambaba, filha de Sabino Navegantes Barbosa e Maria Cardoso Barbosa. Sua primeira lembrança de vida é de sua localidade, o lugar onde morava, a casa era retirado do povoado, perto do igapó, onde tinha muita fartura de: caçavam, colhiam o que plantavam. Trabalhavam juntos através de mutirão, os vizinhos ajudavam uns e outros, as crianças brincavam juntas e todos tinham a mesma condição social. Sua religião sempre foi católica, junto com seus pais e irmãos participavam de terços, ladainhas, procissões e missas. Na família todos rezavam terço ao anoitecer, obedeciam aos dias santos e compartilhavam a palavra de Deus. Aos nove anos de idade, começou a estudar com a professora Aurora dos Remédios Silva Buriti, na localidade de Curuçambaba onde morava a escola funcionava na casa dos pais da professora porque não tinha prédio escolar. Sua professora organizava as carteiras a merenda das crianças e o local com livros comprados pela professora e cadernos feitos pelos pais de alunos com isso começou a aprender a ler e escrever apesar de ser classe multiseriada  a professora fazia muitas brincadeiras e com isso os alunos aprendiam com facilidade. Naquela época não se avaliava para dar uma nota passava de serie aquele aluno que soubesse ler e escrever .

No ano de 1980 foi convidada a trabalhar em São Raimundo com mais ou menos de 35 alunos na faixa etária de 6 a 17 anos. Logo no inicio foi desafiador, pois só haverá cursando 2ªsérie, mesmo assim começou a trabalhar aplicando seu conhecimento adquirido na escola e na dia a dia escola funcionava em uma casa de morada, logo em seguida passou a funcionar no centro comunitário quando o senhor Raimundo Lopes assumiu a prefeitura, mandou construir a escola na localidade onde continuou seu trabalho junto com a professora Maria da Conceição Veras . Sua forma de planeja era somente no livro didático usava recursos naturais como: sementes, pedras, folhas e madeiras. Avaliava seus alunos através da leitura e da escrita, usava giz e quadro-negro, e quando as crianças já sabiam ler e escrever passava a estudar com a professora Maria da Conceição Veras.

Quando estudava participava das marchas de 7 setembro e era um momento muito importante e inesquecível para os alunos todos participam dos ensaios os pais os acompanhavam e os alunos também se divertiam com a brincadeiras no final. Já como professora não esquece as vezes que contribui do pouco que tinha com aqueles alunos que não tinham nenhuma matéria escolar por causa das condições financeira dos pais. No decorrer de seu trabalho recebeu alguns rejeitados por outras escolas mais conseguiu recuperá-los com bastante êxito.

Devido a dificuldade da localidade em relação a se descolar se para a cidade lembra que para receber seu salario final no mês a nos anos 82 a 85 tinham que ir a pé para beira do rio onde dormiam na casa de conhecidos para viajar na madrugada no outro dia.

Hoje observando o comportamento das pessoas a mudança nas famílias percebe que está muito difícil educar as crianças na escola o comportamento dos alunos é totalmente diferente dos anos em que trabalhavam, as crianças respeitavam as pessoas, os colegas, e eram obedientes assim facilitando o trabalho do professor.



Maria da Conceição Veras da Silva, 48 anos, cearense, nasceu em Belém, filha de Antônio Fortunato da Silva e Luzia Veras da Silva. Sua infância foi  marcada por brincadeiras com os primos mais próximos: brincadeira de professor escrevendo na folha de cafeeiro com pedaços de pau. A união da família, aonde as mães vinham no final de semana e se reuniam para conversar, lavar roupas, ajudar uns aos outros. Na hora das refeições as crianças comiam em uma única vasilha, enquanto seus pais, também faziam suas refeições juntas. As famílias viviam em situações precárias sem renda fixa e com o passar do tempo foi mudando com o crescimento da família e da população. Sua família sempre foi católica, costumavam rezar desde pequeno junto com sua mãe em casa e sempre participavam da igreja. Durante o seu período de alfabetização que começou aos sete anos de idade, aprendeu a ler no saco de mercadoria do comércio em que vinha marcada a sigla AFS, e com a sua primeira professora Raimunda Lima e logo em seguida a professora Maria do Rosário. O espaço era uma casa de madeira coberto de cavaco e era moradia da professora, quando aprendeu a leitura e a escrita, o espaço já era uma igreja, que também funcionava a catequese. A professora usava o livro didático para executar suas atividades: usava cópia e tabuada. Seu método era tradicional, avaliava os alunos através da prova e a média era sete. Sua professora da 3ª série lia na escola Santa Odília é que tinha mais contato. Seu primeiro contato com uma classe multiseriada (2ª,3ª e 4ª), nesse primeiro momento por não ter experiência. Seu planejamento era nos livros e aulas passadas no quadro de giz e se relacionava muito bem com seus alunos. A partir do ano 90 foi mudando seu método, após a sua formação que era só o ensino fundamental, mais ou menos por quatro anos. Logo em seguida concluiu através do Projeto Logos e Ensino Modular, o magistério que trabalhou mais de quinze anos e então cursou Licenciatura em Pedagogia. Durante todo esse percurso teve experiência com a educação infantil, com alunos de 5ª a 8ª série e Projeto Aceleração. A professora que marcou muito sua formação foi uma que lhe perguntou sobre o pregado do fundo de panela logo depois das férias. Também uma crise de tosse em sala de aula em que era ajudada pelo colega “Binha”. Como professora os alunos Robson e seu irmão, vindo de outra escola sem ser alfabetizado e ela os alfabetizou em sua casa no intervalo de seu trabalho. A mudança do aluno Roney que através de conselhos na escola, leitura e socialização ele mudou seu comportamento agressivo com os outros colegas. Sua preocupação é que a educação seja levada para frente por todos os professores e por todas as pessoas, ajudando os alunos a crescerem.


Informantes:

Cléia de Lima Silva

Flaviana Cabral da Paixão, 84 anos.

Oscar Bandeira, 80 anos.

Osvaldino, 62 anos

Jovelino Teles Cabral